Segundo dados do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Brasil possui aproximadamente 1,3 milhão de profissionais exercendo regularmente a advocacia. Diante deste cenário, podemos dizer que proporcionalmente há um advogado para cada 164 brasileiros. Ou seja, enfrentamos um mercado competitivo, onde a busca pela atenção do cliente em potencial se tornou um dos objetivos na profissão. É por isso que o marketing jurídico é, atualmente, uma ferramenta essencial para os advogados promoverem seus serviços.
No entanto, pensar em estratégias de marketing não é uma tarefa simples neste meio. Afinal, cada ação deve atender aos requisitos da OAB em relação à publicidade e à divulgação dos serviços advocatícios. Caso contrário, o profissional corre o risco de sofrer penalidades que podem prejudicar sua carreira.
Importância do marketing jurídico para o sucesso profissional
O marketing jurídico vai muito além de simplesmente divulgar os serviços de um advogado. Ele é fundamental para construir uma marca forte, comunicar valores e diferenciais, além de estabelecer conexões com o público-alvo. No atual cenário, em que a concorrência é acirrada e a presença digital é essencial, investir em estratégias de marketing jurídico pode ser o diferencial para o sucesso profissional de um advogado.
Como o marketing jurídico pode impulsionar a visibilidade e a reputação do advogado
No mercado atual, o marketing jurídico é uma ferramenta de grande impacto para alavancar a visibilidade e a reputação de um advogado. Superando a simples troca de cartões de visita, suas estratégias demandam uma abordagem mais abrangente e inovadora. Afinal, para se destacar e conquistar o público-alvo, é necessário ir além do óbvio e explorar novas formas de interação e conexão.
Nesse contexto, o desenvolvimento de um branding pessoal consistente, a produção de conteúdo relevante, a presença ativa nas redes sociais, assim como a participação em eventos e seminários, são práticas fundamentais. Em geral, elas visam a promoção dos serviços jurídicos, mas também almejam construir uma imagem de autoridade na área de atuação. A partir dela, então, o advogado pode inspirar a confiança no seu público, conquistando a credibilidade perante potenciais clientes e parceiros estratégicos.
Impacto do marketing jurídico na captação e retenção de clientes no mercado atual
Dentro deste contexto, um dos principais objetivos do marketing jurídico é atrair e manter clientes. Isso pode ocorrer por meio de campanhas direcionadas ao perfil de público ideal, além do uso das redes sociais e produção de conteúdo informativo e educativo.
No entanto, nesta área é fundamental pensar em estratégias que vão além do “on”. Por isso, o profissional deve se dedicar a um atendimento diferenciado e personalizado como forma de captar novos clientes e fidelizá-los. São pequenos detalhes que, implementados na rotina, ajudam a construir relacionamentos sólidos e duradouros entre clientes e advogados.
Práticas de marketing jurídico em conformidade com as normativas da OAB
É importante ressaltar que as práticas de marketing jurídico devem estar em conformidade com as normativas estabelecidas pelo Código de Ética e Disciplina da OAB (Resolução n. 02/2015), pelo Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) e pelo Provimento n. 205/2021, do CFOAB.
Embora possua algumas restrições, a publicidade pode ser pensada a partir de diferentes óticas. Mas, claro, sempre guiada pelas diretrizes éticas. Esse cuidado visa preservar a dignidade da profissão e garantir a transparência nas relações entre advogados e clientes.
Embora sejam bastante claras, alguns advogados ainda desconhecem as regras da OAB para a publicidade e o marketing jurídico. Por isso, é importante ficar atento, a fim de não desrespeitar nenhuma norma e colocar em risco a reputação do escritório.
Diretrizes da OAB para a publicidade e promoção de serviços advocatícios
Alguns profissionais e pessoas leigas no assunto ainda acreditam que a divulgação dos serviços de advogado é proibida. Entretanto, isso é um mito. Afinal, hoje em dia esses profissionais podem se valer tanto de métodos tradicionais, como o cartão de visitas, quanto de estratégias digitais modernas e abrangentes. Porém, é claro, sempre respeitando as regras.
Em geral, é fundamental entender que a OAB estabelece diversas diretrizes para a publicidade e promoção de serviços advocatícios. E é justamente neste detalhe que o profissional precisa ter cuidado. Portanto, entre as regras está a proibição de práticas consideradas antiéticas, como captação indevida de clientela, divulgação exagerada de resultados e utilização de expressões sensacionalistas. Como se vê, o cuidado especial é em evitar que o marketing jurídico ressoe com traços varejistas ou puramente comerciais. Tanto é que algumas expressões são banidas pela Ordem, como as tradicionais chamadas para ação “Contrate agora”, “Fale conosco agora”, entre outras.
É essencial que os advogados estejam cientes dessas normativas e atuem dentro dos parâmetros éticos estabelecidos pela entidade. Em uma publicidade, por exemplo, o profissional precisa deixar clara a sua área de atuação, informações sobre a sua formação e experiência. Com isso, o objetivo é evitar promessas exageradas ou sensacionalistas que comprometam a credibilidade da profissão.
Estratégias éticas de marketing jurídico para cumprir os requisitos da OAB
Para cumprir os requisitos da OAB e desenvolver estratégias éticas de marketing jurídico, os advogados devem focar em abordagens transparentes, respeitosas e informativas. Além disso, é fundamental estudar a fundo todos os regramentos disponíveis.
O que pode e o que não pode no marketing jurídico?
No marketing jurídico pode:
- Produzir conteúdo informativo e educativo em forma de artigos, palestras e conteúdo audiovisual. No entanto, é fundamental respeitar as normas éticas do Código de Ética e Disciplina da OAB.
- Manter um perfil ativo nas redes sociais, desde que o conteúdo não viole o Código de Ética e Disciplina. O conteúdo não pode ter viés de ostentação relacionado à profissão.
- Transmitir vídeos e lives em plataformas de vídeos ou redes sociais, respeitando o Código de Ética e Disciplina e o Provimento 205/2021.
- Realizar patrocínio ou impulsionamento de conteúdo em redes sociais, desde que não seja uma oferta direta de serviços.
- Divulgar foto do profissional no escritório ou fazendo uma sustentação oral.
- Utilizar chatbot para facilitar a comunicação e o atendimento ao cliente.
- Disponibilizar informações iniciais no site do advogado/escritório para esclarecimento de dúvidas básicas.
No marketing jurídico não pode:
- Fazer promoções, ofertas, sorteios ou utilizar frases persuasivas para captar clientes, nem mesmo utilizar promessas de ganhos financeiros, conforme as normas éticas do Código de Ética e Disciplina da OAB.
- Divulgar lista de clientes ou prints de conversas como forma de publicidade.
- Utilizar anúncios ostensivos em plataformas de vídeo ou realizar envios de mala direta com caráter comercial.
- Promover “pseudonotícias” ou matérias compradas para promover o advogado ou escritório.
- Utilizar conteúdo que deprecie a advocacia ou que seja cômico, como os “memes”.
- Divulgar sentenças nas redes sociais do advogado/escritório.
A partir destas informações é possível compreender de forma mais clara as regras do marketing jurídico. Com isso, os advogados podem promover seus serviços, mantendo a integridade profissional e o respeito aos regramentos.
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